O uso do canabidiol para tratamentos clínicos está aumentando progressivamente e ganhando destaques na imprensa e no mercado farmacêutico. O medicamento pode ser usado para o tratamento da epilepsia, dor crônica, autismo, Alzheimer, Parkinson, doenças oncológicas, doenças dermatológicas, ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, doenças psiquiátricas, esclerose múltipla e outras doenças neurológicas. Contudo, no Brasil ainda há barreiras para a compra do CBD, já que não existe uma regulamentação governamental que autorize a venda da substância em farmácias. E o alto custo do medicamento faz com que menos pessoas tenham acesso aos tratamentos.
O estudo realizado pela Tree Intelligence por meio do LivingReports mapeou perfis de mães que não medem esforços para conseguir os medicamentos para seus filhos. Mulheres que lutam diariamente para proporcionar o bem-estar dos que amam. Como a Cida Carvalho, que por anos lutou para ter acesso ao canabidiol legalmente para tratar as crises epilépticas que acometiam sua filha. Cida atua na diretoria da CULTIVE – Associação de Cannabis e Saúde, realizando diversas atividades educativas e pedagógicas com o objetivo de disseminar os benefícios terapêuticos da cannabis e ampliar o acesso àqueles que poderiam se beneficiar da planta para o tratamento de suas enfermidades. Ela conseguiu na justiça a liberação para cultivo da planta para uso medicinal de sua filha, e por meio de suas mídias sociais, que conta com 2.640 seguidores, compartilha sua luta e constrói uma rede de informações para mães que buscam o mesmo direito na justiça.
Mulheres que têm poder de influência neste cenário, comovem e conquistam simpatizantes pela causa da cannabis medicinal e são elas as grandes defensoras do tema na mídia e no legislativo, conforme aponta o relatório LivingReports – Cannabis Medicinal no Brasil. Na mesma luta, Margarete Brito organiza cursos de cultivo, educação médica, atos públicos, reuniões na Anvisa, no Senado e na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados em Brasília. Além disso, participa do conselho consultivo de outras ONGs que se formaram em diversos estados brasileiros, além de liderar grupos de famílias que buscam apoio para a utilização da cannabis como opção terapêutica. Margarete também conduz reuniões na busca por pesquisas e parcerias com instituições públicas e privadas e participa de inúmeras bancadas em simpósios, congressos e palestras nacionais e internacionais sobre políticas de drogas envolvendo o tema da cannabis medicinal. Ela é uma das protagonistas do documentário “Ilegal – A vida não espera” que recebeu, nos EUA, o prêmio “Poder Architects of Change Award”, oferecido pela fundação da rede de TV americana ABC. Foi a primeira mãe no Brasil a obter liminar na justiça para o cultivo de canabidiol para uso da sua filha, portadora de uma doença muito rara chamada Síndrome de Rett.
E quando essas mães se unem suas vozes ecoam, como no Coletivo Mães Independentes, onde cinco mães defendem juntas o uso da cannabis medicinal no Brasil. Elas apoiam o cultivo doméstico e a inclusão da erva na agricultura familiar e são contra o lobby farmacêutico.
A pesquisa do LivingReports demonstra quem são essas mães, que estão na linha de frente do ativismo pela regulamentação da canabidiol no Brasil, participando de reuniões nas câmaras e sensibilizando o legislativo, para que outras mães não precisem passar pelas mesmas dificuldades na busca de um tratamento adequado para seus amados filhos.
No dia das mães, um grande viva para essas mães canábicas!
Saiba mais sobre o cenário da cannabis medicinal no Brasil acessando nosso relatório LivingInfluencers: https://livinginfluencers.com/
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