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Crise hídrica: quatro pontos-chaves para as áreas de comunicação empresarial

Na coluna da ABERJE desta semana, Ignacio Garcia fala sobre o desafio da comunicação institucional na crise hídrica no Brasil.

Confira a matéria a seguir:

 

Enquanto as fontes de informação sobre a crise hídrica não param de aumentar em volume e diversidade (com especialistas, jornalistas, políticos e cidadãos participando ativamente da discussão), a fonte natural da qual todos estão falando se fecha cada vez mais. Da dosificação destas duas fontes, trata este breve post.

Frente a uma lógica de abundância, própria de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, nos deparamos com uma lógica de escassez para a qual não estamos culturalmente preparados.

Nesta vertente, não tem segmento empresarial que não se veja no curto prazo afetado pela crise hídrica, seja ao interromper a produção, encarecer os insumos e mesmo afugentar seus clientes.

 

O desafio da comunicação institucional na crise hídrica

Neste cenário lúgubre, as áreas de comunicação institucional tem um enorme desafio, tanto para resguardar a marca de percepções negativas (p.ex. a queda na qualidade dos serviços nas cadeias de hotéis e shoppings) quanto para posicioná-la positivamente como inovadora no gerenciamento do recurso, sem afetar a qualidade dos seus serviços.

Como parte de um trabalho de monitoramento constante das percepções sobre crise hídrica, a minha equipe de netnógrafos, especialistas em ciência de redes e comunicação de risco, identificou quatro pontos-chaves para estabelecer uma base sólida na qual sustentar a comunicação institucional:

  1. Ter uma análise detalhada de seu segmento e o ambiente no qual sua organização esta situada, além de uma visão mais profunda e particular de seu caso específico: Empresas especializadas em relatórios setoriais já fornecem informações orientadas ao seu negócio, o que representa uma fonte condensada de informação que a sua empresa precisa ter antes de tomar qualquer decisão;
  2. Recorrer a uma rede de especialistas e influenciadores: Existe uma rede de aproximadamente 100 especialistas que são influenciadores em distintas áreas vinculadas a recursos hídricos. Ter estes especialistas no seu radar de comunicação possibilita entender quem influencia a quem em cada temática e região, além de ativar esta rede de maneiras estratégicas para a sua organização. Diferentemente de uma simples lista de influenciadores e especialistas (que não evidenciam o poder dos relacionamentos), um mapa com as redes de influência e know how resulta uma grande vantagem estratégica para a comunicação da sua marca;
  3. Estabelecer cenários de gerenciamento de crises: E a partir deles orientar a comunicação a segmentos específicos da rede de influenciadores;
  4. Identificar oportunidades de inovação e posicionamento da sua marca para cada cenário: A implementação e comunicação de soluções criativas e eficientes por parte da sua organização irão constituir um diferencial cada vez mais desejado por parte dos seus consumidores, por tanto elas devem ser devidamente exploradas.

São estes pontos levantados acima os que, acreditamos, constituem uma grande oportunidade para que as áreas de comunicação forneçam, em quantidade e qualidade, o recurso que lhes foi confiado: a informação.

 

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