Seus funcionários podem estar planejando deixar a empresa neste ano e – pior –, seus melhores talentos podem estar entre eles. Já abordamos a pesquisa da CareerBuilder que mostra essa tendência. Na pesquisa foram entrevistados 3.008 trabalhadores americanos e, destes, 21% pensam em deixar o trabalho. Entre os motivos, eles não ganham tanto quanto gostariam e não se sentem valorizados.
Já para quem está satisfeito e não pretende mudar de emprego, 54% gosta dos colegas de trabalho e metade do equilíbrio conquistado entre o trabalho e a vida pessoal. Outros estão satisfeitos com os benefícios e contentes com o que recebem. No ano anterior, outra pesquisa da CareerBuilder revelou que o título, cargo ou função não é importante para fazê-lo ficar ou não. Informações sobre essa pesquisa estão neste artigo.
Segundo a vice-presidente de Recursos Humanos da CareerBuilder, Rosemary Haefner, os funcionários querem “ser compensados bem; eles querem ser desafiados; querem contribuir para algo significativo; e eles querem ter um bom equilíbrio entre vida e trabalho”, afirmou.
O departamento de Recursos Humanos pode gerenciar uma série de programas de incentivo, plano de carreira, bonificações e também pode contar com algo mais preciso: as informações de Big Data.
É com elas que é possível alavancar dados de funcionários para melhorar o desempenho operacional. Com a Análise Preditiva é possível compreender os motores de desempenho e retenção usando estatísticas para decidir quem contratar, analisar se o pagamento se correlaciona com o desempenho, etc.
Segundo a pesquisa “High-Impact Talent Analytics“, da Deloitte, as empresas que usam Big Data têm retornos do mercado de ações 30% mais elevados do que S&P500. A probabilidade de fornecerem soluções de recrutamento de alto impacto é duas vezes maior e suas lideranças são 2,5 vezes mais saudáveis. Os profissionais de RH são quatro vezes mais propensos a serem respeitados pelos colegas de negócios por tomarem decisões baseadas em dados.
A pesquisa ainda mostra que a análise de talentos é muito mais que ferramentas de Big Data e estatísticas. As empresas também têm investido em relacionamento com os times de finanças e análise operacional, de comunicação e design, além da capacidade da consultoria de negócios em focar nos problemas certos.
A maioria dos profissionais de RH que respondeu à pesquisa disse que estatísticos são encontrados com facilidade, mas tem dificuldade em encontrar gerentes de projeto, que combinem “dados” e “negócios”, e aquelas pessoas que traduzam os dados de Big Data em um programa ou solução que impulsione a mudança empresarial.
Um dos maiores desafios da análise de Big Data nas empresas é a mudança de comportamento dos profissionais uma vez que os dados são apresentados, já que a maioria dos gerentes tem sua maneira de trabalhar e anos de experiência que os afastam dos dados científicos mostrados.
Pagando as pessoas para impulsionar desempenho
Um dos exemplos da pesquisa é bem interessante e pode responder o que propusemos no título. Uma das empresas pesquisadas estudou a rotatividade e a retenção de funcionários com base nos aumentos salariais. Eles costumavam pagar os melhores desempenhos por nota, com o primeiro ganhando mais, o segundo um pouco menos e assim por diante.
Mas a pesquisa mostrou que esse sistema é um erro. A pesquisa revelou que os funcionários de nota 2 ou 3 ficariam com a empresa mesmo se ganhassem abaixo de 91% dos aumentos médios dos profissionais da categoria. Ou seja, as pessoas estão sendo pagas em excesso. Por outro lado, quem está no topo deixaria a empresa, a menos se recebesse de 115% a 120% do aumento médio da classe salarial, mostrando que o dinheiro da folha de pagamento deve vir aqui.
Essa pode parecer uma solução ousada, mas é o que os dados revelaram para a empresa em questão. A solução para cada companhia vai variar conforme seu modelo de negócio, atuação, etc. Afinal, são os seus dados particulares que devem ser considerados. Mas esse é o futuro para quem deseja ter a melhor performance.
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